quarta-feira, 04 de junho de 2014 - Atualizado em quinta-feira, 05 de junho de 2014

crianças podem aprender a comer novos vegetais, principalmente se eles são oferecidos com regularidade e antes dos dois anos de idade

+1 As crianças podem aprender a comer novos vegetais, principalmente se eles são oferecidos com regularidade na alimentação (pelo menos cinco a dez vezes antes da “desistência” dos pais) e antes dos dois anos de idade, sugere um estudo da Universidade de Leeds, publicado na revista PLoS ONE.
PLoS ONE: crianças podem aprender a comer novos vegetais, principalmente se eles são oferecidos com regularidade e antes dos dois anos de idade

As crianças podem aprender a comer novos vegetais, principalmente se eles são oferecidos com regularidade na alimentação (pelo menos cinco a dez vezes antes da “desistência” dos pais) e antes dos dois anos de idade, sugere um estudo da Universidade de Leeds, publicado na revista PLoS ONE.

Mesmo as crianças mais exigentes e meticulosas com a alimentação podem ser encorajadas a comer mais vegetais, se eles forem oferecidos pelo menos cinco a dez vezes e em idade precoce. Uma equipe de pesquisadores, coordenada pela professora Marion Hetherington, deu purê de alcachofra a 332 crianças do Reino Unido, França e Dinamarca.

A ingestão de vegetais é geralmente baixa entre as crianças, que parecem ser especialmente exigentes durante os anos pré-escolares. A exposição repetida é conhecida por aumentar a ingestão de vegetais no início da vida, mas as diferenças individuais na resposta à familiarização surgiram a partir de estudos recentes. A fim de entender os fatores que predizem diferentes respostas à exposição repetida, os dados desse mesmo experimento realizado com três grupos de crianças de três países (n=332), com idades entre quatro e 38 meses (18,9 ± 9,9 meses) foram combinados e modelados. Durante o período de intervenção, cada criança recebeu entre cinco e dez exposições a um vegetal (purê de alcachofra) em uma das três versões (básica, adocicada ou adicionada de energia com o acréscimo de óleo vegetal). A ingestão de purê de alcachofra foi medida antes e após o período de exposição. No geral, as crianças mais jovens consumiam mais alcachofra do que as crianças mais velhas.

Quatro padrões distintos de comportamento alimentar foram definidos durante o período de exposição:

  • A maioria das crianças era chamada de "aprendizes" (40%), pois aumentaram o consumo ao longo do tempo.
  • 21% consumiram mais do que 75% do que foi oferecido a cada vez e foram rotuladas de "limpadoras de prato".
  • 16% foram consideradas "não-consumidoras" comendo menos de dez gramas após a quinta exposição ao vegetal.
  • As restantes foram classificadas como "outras" (23%) já que seu padrão de consumo era muito variável.

A idade foi um preditor significativo do padrão alimentar, sendo as crianças pré-escolares mais velhas mais susceptíveis a serem “não-consumidoras”. As “limpadoras de pratos” apresentaram maior prazer com os alimentos e menor capacidade de resposta à saciedade do que as não-consumidoras, que foram as mais meticulosas em relação ao consumo de vegetais.

Crianças que consumiam alimentos adicionados com energia mostraram a menor alteração na ingestão ao longo do tempo, em comparação com as do grupo que recebeu o purê básico ou adoçado. Claramente, enquanto a exposição repetida familiariza as crianças com um novo alimento, estratégias alternativas com foco no incentivo do consumo a gostos alimentares que estão sendo introduzidos podem ser necessárias para crianças mais velhas em idade pré-escolar e para as mais meticulosas.

Após 24 meses de idade, as crianças tornam-se relutantes em experimentar coisas novas e começam a rejeitar alimentos.

O estudo também dissipou o mito popular de que o gosto dos vegetais precisa ser mascarado para que as crianças aprendam a comê-los.

Fonte: PLOS ONE, de 30 de maio de 2014 

NEWS.MED.BR, 2014.
 
 

Os legumes, as frutas e oleaginosas favorecem a manutenção da saúde

Por Cristiane Perroni,

Especialista em Nutrição Clínica Rio de Janeiro

09/05/2014 08h37 - Atualizado em 09/05/2014 08h37 – Site EU ATLETA - NUTRIÇÂO

 

 

Quando pensamos em alimentação saudável imaginamos um prato colorido, variedade alimentar. Por que nutricionistas insistem tanto na elaboração de um prato colorido: Quanto maior a variedade de cores, maior a variedade de nutrientes, evitando a monotonia alimentar, conseguindo um prato mais atrativo, favorecendo a manutenção da saúde e prevenção de doenças.

Alimentos coloridos ajudam a prevenir doenças e atuam na manutenção da saúde (Foto: Getty Images)

Quais são as principais substâncias presentes em cada cor:

Alimentos verde escuros: espinafre, brócolis, alface, agrião, couve. Fonte de fibras, betacaroteno, ferro, ácido fólico, vitamina K e clorofila.

Alimentos alaranjados: mamão, caju, damasco, caqui. Fontes de betacaroteno (pré vitamina A), vitamina A e vitamina C.

Alimentos vermelhos: morango, tomate, cereja, melancia, goiaba. Fontes de licopeno, antocianinas e vitamina C.

Alimentos roxos: Uva roxa, ameixa, mirtilo, jabuticaba, açaí, beringela. Fontes de antocianina e resveratrol.

Alimentos Marrons: Nozes, castanhas, cevada, centeio, leguminosas (grão de bico, feijão, lentilha, soja), cereais integrais. Fontes de selênio, vitamina E e vitaminas do complexo B.

Funções exercidas por cada substância colorida:

Vitamina A e o betacaroteno: atuam na manutenção dos tecidos, pele e cabelos, aumentam a imunidade e melhoram a acuidade visual e visão noturna.

Vitamina C: potente antioxidante, atua no sistema imune, ajuda na cicatrização e síntese de colágeno.

Vitamina E: mais potente antioxidante, prevenindo doenças crônicas como câncer e a aterosclerose.

Fibras: favorecem o funcionamento intestinal evitando a constipação e prevenindo câncer de intestino, promovem maior saciedade e controle da glicemia.

Ferro: essencial para síntese/produção das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

Clorofila (pigmento carotenoide): efeito benéfico à saúde por suas propriedades antioxidantes, antimutagênicas e antigenotóxicas, reduzindo a biodisponibilidade de químicos cancerígenos e redução do odor corporal.

Vitamina K: participa da coagulação sanguínea (formação da protrombina) que nos protege de sangrar até a morte quando nos cortamos e contra hemorragias internas.

Selênio: potente antioxidante, efeito protetor contra doença cardiovascular e câncer, fortalece o sistema imunológico.

Licopeno (pigmento carotenoide): redução do risco e progressão de doenças cardiovasculares, câncer cervical e de próstata e hipertensão arterial. Alta atividade antioxidante.

Ácido fólico (vitamina B9): atua na síntese de purinas e pirimidinas do RNA e DNA e atua no metabolismo de aminoácidos.

Resveratrol: atividade anti-inflamatória, antiplaquetária, antioxidante e considerado em fitoestrógeno com importante ação em mulheres na menopausa

Antocianinas (flavonóide): propriedade antioxidante (carreadores de radicais livres) prevenção de doenças cardiovasculares, modulação da inflamação, inibição da agregação plaquetária e prevenção do câncer